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Regresso ao "Debaixo dos Arcos"
Este espaço pretende apenas apresentar publicamente uma visão sobre o futebol (com outras modalidades à mistura), de forma desapaixonada, independentemente da(s) cor(es) clubística(s). Sem qualquer pretensão oficiosa ou oficial. E que conta com a preciosa colaboração da Mi Gonçalves.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Remate à barra… (apontamentos colaterais)

Como ainda está longe do fim o caso Federação Portuguesa de Futebol vs Carlos Queirós, e enquanto o entretenimento federativo passa, nesta data, pela sucessão do seleccionador, à qual não está alheia mais um caricato folhetim, importa fazer algumas reflexões.
Tendo qualquer selecção nacional a objectividade de representar o país, existe, por esse facto, um elo ao Estado e à expressão colectiva de uma nação. Além disso, existem relações laborais e vínculos contratuais que exigem ética, normas e códigos de conduta. Assim, qualquer comportamento que coloca em causa a dignidade da representação do país e dos cidadãos deve ser punido.
Quantos de nós, nos seus locais de trabalho, nas suas relações laborais quer como subordinados, quer como dirigentes (chefias, gestores, administradores, patrões) ficaria impune a comportamentos injuriosos, ultrajantes para com terceiros?!
Não teria sido mais benéfico para a Federação, Seleccionador, imagem do futebol nacional, respeitabilidade da candidatura ao mundial conjunto com a Espanha, se a direcção federativa tivesse tido a coragem para assumir os erros estratégicos da sua estrutura desportiva, da sua opção pela contratação do seleccionador?!
Em vez deste “teatro jurídico” não tinha sido muito mais produtivo para todas as partes, incluindo o país e os cidadãos, que se tivesse aproveitado a oportunidade para repensar o modelo de gestão desportiva (onde se inclui a perda do estatuto de utilidade pública), a formação e as selecções jovens, a prestação no Mundial de África do Sul?!
Mas à boa maneira lusa, o futebol serve para entreter as massas, particularmente fora dos jogos.
Mais uma vez foram precisos “casos” (controlo anti-dopagem, falta de solidariedade directiva e desportiva tomada publicamente por um director: Amândio de Carvalho) para abanar as estruturas…
Foi preferível deixar cair na desgraça, na lama, no descrédito…
Foram precisas renúncias inesperadas de jogadores à selecção das quinas…
Foi preciso, e, no meu entender bem (contrariando a maioria das opiniões), a intervenção pública da tutela governativa para a colocação de um ponto final…
De facto, parece-me estar na altura de se arrumar e limpar a casa federativa… a todos os níveis.
Enquanto nos entretemos com as “lotarias e as apostas” na nova direcção e na nova equipa técnica…

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