regresso

Regresso ao "Debaixo dos Arcos"
Este espaço pretende apenas apresentar publicamente uma visão sobre o futebol (com outras modalidades à mistura), de forma desapaixonada, independentemente da(s) cor(es) clubística(s). Sem qualquer pretensão oficiosa ou oficial. E que conta com a preciosa colaboração da Mi Gonçalves.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A Champions por um canudo...

O FC Porto deu um passo atrás na Liga dos Campeões com a derrota, hoje, na Rússia, frente ao Zenit St. Petersburg (do português Danny) por 3-1. Mas pior do que ter perdido (aliás algo que se poderia aceitar com alguma naturalidade face ao valor do adversário e ao facto de jogar “fora”) foi o resultado em si e, mais propriamente, a imagem e a prestação desportiva. Qualquer coisa entre o deplorável e o enfadonho. E logo no dia do 118º aniversário do clube.
No entanto, nada que surpreenda e uma realidade já por diversas vezes aqui aflorada (quer por mim, quer pela Mi Gonçalves).
A questão é que, desde o jogo com o Feirense, em Aveiro, o FC Porto tem-se revelado, nesta época e a todos os níveis, um clube perfeitamente banal.
Primeiro, ao nível directivo. Foram vários os erros cometidos e incompatíveis com a tradição e imagem de rigor na gestão desportiva sempre demonstrados: casos de André Villas-Boas; Falcao; as novas contratações (de qualidade tão duvidosa); a formação do plantel; a contratação de Vitor Pereira; a “quase” venda de Alvaro Pereira, entre outros.
Segundo, ao nível competitivo. Este ano foram demasiados os erros para um clube habituado a ser rigoroso, profissional, competente, vitorioso. A má preparação na pré-época; a constituição de uma equipa desequilibrada e estruturada em apenas dois jogadores (Hulk e Moutinho); a não substituição das saídas e reforço de sectores mais débeis (por exemplo, o defensivo); e, por fim e não menos notória, a perda da mística e da identidade do clube.
Terceiro, a contratação de uma equipa técnica, nomeadamente o seu Treinador, que não está à altura da responsabilidade, nível competitivo e dos objectivos ganhadores do clube. E esta realidade foi, mais uma vez, claramente evidenciada no jogo de hoje (tal como o foi nas duas últimas jornadas da Liga ZonSagres). Enquanto os resultados vão aparecendo a realidade vai sendo escondida, dissimulada. Mas a verdade é que os factos são mais fortes e mais evidentes. E, tal como surgiram no jogo com o rival Benfica os primeiros sintomas de fragilidade, hoje voltaram a ser evidenciados na tentativa de transpor para factores externos a responsabilidade dos resultados. Na sexta-feira passada foi a arbitragem (mesmo sem se saber bem onde, como e porquê); hoje foi a expulsão, a inferioridade numérica. Curiosamente, Vitor Pereira tinha acusado o treinador do Benfica de nunca assumir as responsabilidades pelos fracassos e de disparar em todas as direcções. Afinal, quem nem sequer sabe olhar para o seu umbigo e para o interior da sua equipa é Vitor Pereira.
A equipa joga mal, não tem agressividade, não tem princípio nem filosofia de jogo, não há pressão, explosão, ligação entre os sectores, está desarticulada e desequilibrada. Hoje, o FC Porto é uma equipa sem alma, sem carácter. E o resultado não se pode justificar com a expulsão de Fucille. Aliás, sintoma da fragilidade anímica da equipa e dos jogadores (porque também o golo portista foi irregular) e da falta de rigor e disciplina internas. E isso está a reflectir-se na prestação dos jogadores, mesmo na de Hulk que hoje esteve perfeitamente apagado.
Acresce a estes episódios, o facto de Vitor Pereira demonstrar bastante incompetência face à responsabilidade do que é treinar a equipa do Futebol Clube do Porto. Erros demasiados na preparação dos jogos, falhas nos planos e programação dos treinos (reflectidos no jogos), falta de rigor e liderança, demasiados erros nas análises tácticas dos jogos (notórias no jogo com o Benfica e gritantes no de hoje).
Este não é um FC Porto habituado à glória e à vitória.
Será cansaço de tanto conquistar?! Será cansaço de liderança?!
O certo é que o Porto, este ano, não está bem… não é o que era!

Sem comentários: