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Regresso ao "Debaixo dos Arcos"
Este espaço pretende apenas apresentar publicamente uma visão sobre o futebol (com outras modalidades à mistura), de forma desapaixonada, independentemente da(s) cor(es) clubística(s). Sem qualquer pretensão oficiosa ou oficial. E que conta com a preciosa colaboração da Mi Gonçalves.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Finalmente... a primeira à terceira!!!

Perdoem-me o trocadilho mas o facto é que o Beira Mar conseguiu a sua primeira vitória, nesta Liga ZonSagres 2010-2011, à terceira jornada e frente a um ‘histórico e tradicional’ rival regional: a Académica de Coimbra.
O primeiro registo vai para, em Agosto e em pleno período de férias, terem marcado presença no estádio Municipal de Aveiro, cerca de 3300 pessoas.
Se para uma questão de sustentabilidade e dignidade do futebol e do espectáculo, o registo de espectadores é deveras insatisfatório, não deixa de ser um facto que, no caso do Beira-Mar e para este período de arranque da Liga, o número parece-me satisfatório.
Número de espectadores que, na sua maioria, deixaram o estádio de Aveiro com a feliz sensação do sabor a vitória, mais pelo resultado do que pelo jogo em si.
E a realidade é que o encontro entre uma equipa que jogou “de peito feito” na semana anterior no Dragão (apesar do resultado final) – Beira-Mar, e a equipa que registou a primeira surpresa da época ao vencer o Benfica no estádio da Luz – Académica, foi um jogo morno, lento, muito disputado a meio-campo, com muitas dificuldades ao nível da certeza do passe, apesar do domínio da formação aveirense, nomeadamente na primeira-parte e na resposta ao golo do empate da Briosa. Daí não ser de estranhar que, estatisticamente, o Beira-Mar tenha registado 18 remates contra 5 dos academistas.
Outro dado que demonstra a falta de velocidade e de emoção no jogo em Aveiro, é o facto de apenas Sougou, aos 37 minutos, ter visto o cartão amarelo.
O Beira-Mar acabou por vencer num jogo onde foi mais ofensivo, mais eficaz, mais dominador, apesar de não ter sido um encontro bem disputado, sem emoções, onde as componentes táctica e técnica nem sempre foram bem trabalhadas.
Fisicamente, as duas formações estiveram abaixo do recomendado e esperado para a época, o que resultou num jogo, na maioria do tempo, pouco motivador para quem esteve nas bancadas do Estádio Municipal de Aveiro (espelho desta realidade foram as inúmeras vezes que os jogadores se aproximaram dos bancos para beber água).
Fica como destaque, de qualquer modo, a entrega dos jogadores e a vontade dos técnicos em ganhar o encontro.
Enquanto Leonardo Jardim estruturou a sua equipa de forma ofensiva, num 4x1x3x2, dominando o meio-campo e sendo a equipa que mais direccionou o seu jogo para a baliza contrária, Jorge Costa viu no golo do empate (aos 59 minutos fruto de uma desatenção da defesa do Beira-Mar, aproveitada por Sougou) alguma esperança e possibilidade de vencer o jogo, efectuando, aos 63 minutos, três substituições de uma só vez.
Mas Djamal, culminando uma boa resposta do Beira-Mar ao empate conseguido pelos academistas, dez minutos depois repunha a verdade desportiva e marcava o golo da primeira vitória dos aveirenses (primeiro golo da equipa de Aveiro foi conseguido em cima dos 45 minutos, por Wilson Eduardo que cada vez mais se afirma como peça importante no plantel de Leonardo Jardim).
Importante o resultado face a um adversário do mesmo campeonato e destaque final para a estreia do último reforço: Ronny.
A pausa no campeonato será importante para recuperar fisicamente e permitir consolidar esquemas e modelos de jogo, nos dois emblemas.

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