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Regresso ao "Debaixo dos Arcos"
Este espaço pretende apenas apresentar publicamente uma visão sobre o futebol (com outras modalidades à mistura), de forma desapaixonada, independentemente da(s) cor(es) clubística(s). Sem qualquer pretensão oficiosa ou oficial. E que conta com a preciosa colaboração da Mi Gonçalves.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Heróis do Mar! Nobre Povo…

Seja qual for o sector da sociedade, qualquer cidadão que expresse uma vontade própria forte, e comporte as condições (mais que mínimas) para o fazer, deve ter o direito a “abraçar” uma nova nacionalidade. Deve poder reconhecer que uma nova cultura, história, sociedade fazem parte de uma nova identidade sua, enquanto cidadão. Defendo isso na vida como no futebol.
Mas também reconheço que, por mais argumentos que possa justapor, há momentos em que os cépticos, os anti-naturalizações, acabam por ver valorizados os seus princípios. É natural que alguém que abrace uma nova identidade, cultura e história, defende essa nova realidade, cuide dela, sinta-a fortemente. E não apenas uma circunstância temporal da vida.
Ao caso… Deco chegou a Portugal como um “desconhecido”… dispensado pelo Benfica, acabou por singrar e chegar ao estrelato no Porto, culminando uma carreira de sucesso no Barcelona e por fim no Chelsea. Várias vezes campeão nacional, com champions pelo meio, foi ao serviço da selecção portuguesa que foi vice-campeão europeu e que consolidou a sua carreira.
Selecção Portuguesa que o acolheu, e que ele, por vontade própria, escolheu, tal como escolheu abraçar uma nova identidade cultural e histórica: a nacionalidade portuguesa. Seria pois, mais que normal que, o final da carreira ocorresse na sua nova “pátria”, no país que escolheu para nova identidade como cidadão. Mas o gosto e o sonho viraram-se para o Brasil e o  Fluminense. No final, resta o direito de muitas vozes poderem clamar: oportunismo!?

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