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Regresso ao "Debaixo dos Arcos"
Este espaço pretende apenas apresentar publicamente uma visão sobre o futebol (com outras modalidades à mistura), de forma desapaixonada, independentemente da(s) cor(es) clubística(s). Sem qualquer pretensão oficiosa ou oficial. E que conta com a preciosa colaboração da Mi Gonçalves.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

À terceira é de vez...


O Futebol Clube do Porto conquista a posição de líder da Liga ZonSagres à terceira jornada.
Três jogos correspondem a outras tantas vitórias, sem golos sofridos (o que, em parte, vai contrariando a minha visão sobre o sector mais débil do plantel portista – o centro da defesa) e com uma média de dois golos marcados por jogo.
O Porto resolveu, com alguma clareza e eficácia, um jogo que se afigurava complicado, com um adversário bem estruturado, que coloca bastantes dificuldades quando joga no seu estádio, com os sectores do seu esquema táctico (concretamente o mesmo do Porto – 4x3x3) bem juntos e interligados, não permitindo muitos espaços entre si (aproveitando as limitações das dimensões do campo) e não concedendo muitos espaços aos adversários.
A concentração e a eficácia ofensiva foram as melhores armas da equipa portista, num encontro que poderia ter sido ainda mais complicado se fosse assinalado o penalti de Álvaro Pereira sobre Tarantini, quando o marcador registava 0-1 (diga-se, a bem da verdade, o primeiro golo de Hulk resulta de um lance limpo e válido) e antes do final da primeira parte.
Sendo certo que sem a garantia de concretização (veja-se o caso do Benfica vs Setúbal), mesmo que a grande penalidade resultasse no empate da equipa de Vila do Conde, o FC Porto já demonstrou esta época ter uma disciplina táctica, um controle emocional, (por exemplo jogo da Supertaça ou, mais concretamente, o jogo com o Genk da segunda-mão), uma concentração eficaz, que permite recuperar situações de desvantagem de forma “cirúrgica” e desportivamente “cínica”.
Continua, no entanto, a minha preocupação com dois sectores do plantel e do modelo de jogo portista. O Dragão precisa de uma maior eficiência (já que eficácia tem conseguido) do centro da defesa, para garantir uma melhor qualidade e consistência ao plantel e ao seu jogo, bem como as reduzidas opções para os extremos/alas, permitindo dar uma maior profundidade ao seu jogo.
A terminar, alguns destaques telegráficos: regresso de Fucile e Rodriguez; Hulk assume-se como verdadeiro goleador (pessoalmente, acho que falta muita coisa para o jogador ser extraordinário: por ex. disciplina táctica, visão de jogo, colectivismo); Falcao não tem marcado mas tem tido um papel e um desempenho desportivo (eficácia + eficiência) muito relevante e importante no eixo do ataque portista.
Por fim, esta paragem, à terceira jornada, não vai ter os mesmos efeitos em todos os clubes. Muitos vão aproveitar para recuperar jogadores, para afinar as questões tácticas, para entrosar novos jogadores (p. ex. Beira-Mar, Benfica, etc), mas outros vão sentir a ausência competitiva e o manter do ritmo competitivo (casos do Braga e do Porto).

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