O Beira-Mar, época 2010/2011, pode vir a tornar-se um "case study" do futebol português.
Ao nível desportivo, reconheça-se, entre altos e baixos, que o trabalho do treinador Leonardo Jardim tem sabido, entre outros aspectos, superar as diversas adversidades que se têm abatido sobre o clube fora do rectângulo de jogo e dos treinos.
A equipa tem conseguido resultados importantes, nomeadamente com equipas "rivais" na tabela classificativa e no objectivo da manutenção (Paços Ferreira, a surpreendente Académica, Naval, Setúbal), tendo igualmente empatado com o Sporting, em casa.
Ontem foi a vez da Naval sucumbir ao futebol dos aveirenses e à intempérie que se fez sentir no estádio.
Com golos de Artur, Leandro Tatu e Wilson Eduardo o Beira-Mar venceu a equipa da Figueira-da-Foz por 3-1.
Mas se o Beira-Mar se vai mantendo no meio da tabela classificativa desta Liga ZonSagres, já em termos de gestão, de consolidação e de afirmação do Clube as coisas não têm sido nada fáceis.
São notórias as dificuldades de empatia com o tecido empresarial da Região, são claras as ausências de personalidades que se responsabilizem pela gestão do clube, são evidentes as "desavenças" com antigos dirigentes.
Foi o caso das piscinas, as dividas, as penhoras às receitas, aos passes dos jogadores... a tudo o que poderá gerar receita. Até ao ponto de Mário Costa, em plena Assembleia Geral, ter apresentado a demissão por considerar insustentável a gestão do Beira-Mar.
Como se tal não bastasse eis que "Pavilhão e andar do Beira-Mar vão a hasta pública.", conforme noticia a Rádio Terra Nova.
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