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Regresso ao "Debaixo dos Arcos"
Este espaço pretende apenas apresentar publicamente uma visão sobre o futebol (com outras modalidades à mistura), de forma desapaixonada, independentemente da(s) cor(es) clubística(s). Sem qualquer pretensão oficiosa ou oficial. E que conta com a preciosa colaboração da Mi Gonçalves.

sábado, 19 de novembro de 2011

Da glória à banalidade...

Não podia ficar calado... mais uma vez! Pelo cansaço, pel desilusão, pela frustração (raiva, se quiserem).
Perder é normal em qualquer modalidade desportiva. Ser banal é que não faz parte dos vencedores.

Entendo que o Pinto da Costa seja considerado o melhor Presidente/Dirigente, pela experiência, pela vivência, por tudo o que deu ao clube (e o que recebeu), por todos os anos…
Mas o facto de poder ser o melhor não impede que não se cometam erros. De facto, longe vai a época de Quinito e Couceiro; já há algumas décadas que o FC Porto domina o panorama do futebol nacional com expressão além-fronteiras; já há vários anos que o Porto tem sido gerido, preparado, construído ano após ano com consistência, sempre com a preocupação de continuidade de trabalho, de qualidade, de competitividade, de espírito de vitória.
Este ano nada disto aconteceu… em termos de gestão tudo parece ter sido feito com displicência, com desprezo pela concorrência, com completo desleixo. E tudo começou com o episódio Villas Boas, acabando no “sai… não sai” de vários jogadores, passando pelas contratações de novos jogadores que não garantem a qualidade que o clube sempre pautou e por uma escolha para treinador responsável sem qualidade, sem saber, sem capacidade para liderar um clube habituado a não perder.

E não faz qualquer sentido esta atitude da SAD do Clube. É mais que notório o descalabro desportivo da equipa: fora da Taça de Portugal de forma humilhante (parabéns à Briosa); perto de não passar à fase seguinte da Liga dos Campeões; mesmo que em primeiro lugar na Liga, muito por culpa de um campeonato nivelado por baixo, sem qualidade, mesmo que se possa dizer mais equilibrado (o que não significa com maior qualidade, quer dos ditos grandes, quer das outras equipas… joga-se muito mal em Portugal).

Mas o mais preocupante é este continuar de “oportunidade” na continuação de um trabalho de Vitor Pereira que já vimos ser desastroso, sem qualidade e deprimente.
A equipa não demonstra qualidade, não tem filosofia nem princípio de jogo, os jogadores “arrastam-se “ no campo, sem alma, sem capacidade de resposta e explosão competitiva.
O Futebol Clube do Porto passou da glória a uma equipa normalíssima, sem marcar a diferença, sem se desmarcar da concorrência e de um campeonato com baixa qualidade.
Em cerca de seis meses, Vitor Pereira (e consequente este prolongar da agonia por parte da SAD) destruiu um grupo que ganhou tudo, que marcava a diferença do futebol nacional. Destrui um conjunto de jogadores com capacidades profissionais (técnicas e táticas) elevadas, um espírito de grupo, uma identidade clubística.

Só para recordar esta noite, o F.C. Porto esteve nas últimas quatro finais da Taça e em 26 eliminatórias consecutivas.

Para concluir, são algumas as vozes que “clamam” por Pedro Emanuel como treinador dos Dragões.
Se o Pedro tem, e não duvido disso, capacidade técnica, porque não foi então aproveitado quando esteve no clube?
Face à identidade e cultura vencedora do Porto, face à sua história desportiva, o F.C. Porto não pode ser um laboratório de treinadores jovens, sem experiência, mesmo que com alguma capacidade…

O Porto tem de ser e ter os melhores… se não de nada valerá a mística, a história, a alma de um clube que é mais do que futebol e do que desporto: uma “nação”!

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